OUTRA ALAGOAS se constrói FORA DAS URNAS e desde baixo!
Nossas urgências não cabem nas urnas
Alagoas é um estado pobre e cuja principal fonte de receita são os repasses do Governo Federal. Vivemos no estado com o pior índice de desenvolvimento social do país. Um em cada três alagoanos vive na miséria absoluta. Não é à toa que o Bolsa Família termina por representar parte considerável do dinheiro a "movimentar" a economia local, já que cerca de um terço das famílias alagoanas recebem ele.
Sem as verbas federais, a maior parte dos municípios não sobreviveria, pois não tem arrecadação própria que seja minimamente suficiente. Mas a solução não está em simplesmente brigar por mais verbas federais e a disputa de candidatos para ver quem "trouxe mais verba" não passa de conversa fiada. A gritante dependência desses repasses é sintoma da pobreza que vivemos e a sua causa está nas próprias ações e opções que a elite alagoana e seus políticos fizeram.
A economia alagoana, se já é mais diversificada que em outros tempos, ainda tem na agroindústria canavieira e o que gira em seu entorno seu principal ramo econômico e onde está o berço da elite alagoana.
Essa atividade econômica se estende em todo o litoral e zona da mata, e é responsável por uma grande concentração de renda e pela miséria de muitos que, estando sem opção, têm que se submeter ao corte da cana, em condições extremamente precárias de trabalho. Mesmo a população de centros urbanos maiores (como Maceió e Arapiraca) está envolvida nessa lógica de exploração de forma indireta. Boa parte das periferias dessas cidades é formada por pessoas que foram expulsas do campo ou descendentes daqueles que tiveram essa origem. E foram expulsas em razão das transformações ocorridas pelos grandes plantadores de cana e pelos produtores de açúcar e álcool.Os principais "nomes" da elite alagoana são usineiros ou com eles mantém forte relação. A influência deles é maior que a área de ocupação de suas usinas e terras. Mesmo no sertão, onde a cana não se faz presente, várias pessoas vêm para região da zona da mata e litoral na época do corte. Há ainda os “coronéis do sertão”, que não são usineiros, mas são donos de grandes extensões de terras e exercem seu poder de forma tão ou mais cruel.
De forma breve, esse é o nosso cenário, sem fantasia eleitoral e que coloca a tarefa de primeiro nos organizar para resistir e poder acumular forças, e aí sim, em seguida, poder passar a lutar por conquistas sociais que nos livrem desse estado de miséria. Com tanto latifúndio e precarização do trabalho, para revertermos essa situação é fundamental a luta daqueles que sofrem o peso diário dessa realidade.
Lutar pelas urgências com independência de classe
Defendemos uma reforma agrária feita pelo povo para expropriar os latifundiários e fazer da terra mecanismo de desenvolvimento social e não de opressão. Criar um cinturão verde em Alagoas que favoreça à pequena agricultura, barateie o alimento e crie uma prática saudável e ecologicamente consciente, baseado na agroecologia.
Nos centros urbanos, a luta deve ser construída nos bairros periféricos para conseguir as melhorias necessárias. O "diálogo" com o governo é na posição e sentido de reivindicação e pressão, e não de colaboração. Constituir uma aliança entre os trabalhadores do serviço público a partir de uma luta sindical enraizada na base e a população, por melhores condições de trabalho, por salários justos e serviços de qualidade. Uma luta que pode encontrar seu lugar de aliança no território, no bairro ou comunidade, lutando por educação e saúde.
Organizar também os setores urbanos em condição ainda mais precarizada de trabalho, como desempregados, terceirizados, camelôs, etc. Hoje eles formam um grande contingente de nossa população e estão excluídos de benefícios trabalhistas mínimos e em condição de instabilidade. É preciso também lutar, com autonomia e independência de classe, pelos espaços de cultura e lazer nas comunidades. Cinema, teatro, formação de meios alternativos de mídia entre outras ações.
Fazemos essa defesa de organização e luta, aberto ao diálogo com movimentos e companheiros/as, pautando a construção do Poder Popular na ordem do dia a partir das urgências mais imediatas do povo alagoano. Mas se a luta se faz onde pisamos, sabemos que ela ultrapassa as fronteiras dos estados, pois a miséria de um é a miséria de todos.
Alagoas é um estado pobre e cuja principal fonte de receita são os repasses do Governo Federal. Vivemos no estado com o pior índice de desenvolvimento social do país. Um em cada três alagoanos vive na miséria absoluta. Não é à toa que o Bolsa Família termina por representar parte considerável do dinheiro a "movimentar" a economia local, já que cerca de um terço das famílias alagoanas recebem ele.
Sem as verbas federais, a maior parte dos municípios não sobreviveria, pois não tem arrecadação própria que seja minimamente suficiente. Mas a solução não está em simplesmente brigar por mais verbas federais e a disputa de candidatos para ver quem "trouxe mais verba" não passa de conversa fiada. A gritante dependência desses repasses é sintoma da pobreza que vivemos e a sua causa está nas próprias ações e opções que a elite alagoana e seus políticos fizeram.
A economia alagoana, se já é mais diversificada que em outros tempos, ainda tem na agroindústria canavieira e o que gira em seu entorno seu principal ramo econômico e onde está o berço da elite alagoana.
Essa atividade econômica se estende em todo o litoral e zona da mata, e é responsável por uma grande concentração de renda e pela miséria de muitos que, estando sem opção, têm que se submeter ao corte da cana, em condições extremamente precárias de trabalho. Mesmo a população de centros urbanos maiores (como Maceió e Arapiraca) está envolvida nessa lógica de exploração de forma indireta. Boa parte das periferias dessas cidades é formada por pessoas que foram expulsas do campo ou descendentes daqueles que tiveram essa origem. E foram expulsas em razão das transformações ocorridas pelos grandes plantadores de cana e pelos produtores de açúcar e álcool.Os principais "nomes" da elite alagoana são usineiros ou com eles mantém forte relação. A influência deles é maior que a área de ocupação de suas usinas e terras. Mesmo no sertão, onde a cana não se faz presente, várias pessoas vêm para região da zona da mata e litoral na época do corte. Há ainda os “coronéis do sertão”, que não são usineiros, mas são donos de grandes extensões de terras e exercem seu poder de forma tão ou mais cruel.
De forma breve, esse é o nosso cenário, sem fantasia eleitoral e que coloca a tarefa de primeiro nos organizar para resistir e poder acumular forças, e aí sim, em seguida, poder passar a lutar por conquistas sociais que nos livrem desse estado de miséria. Com tanto latifúndio e precarização do trabalho, para revertermos essa situação é fundamental a luta daqueles que sofrem o peso diário dessa realidade.
Lutar pelas urgências com independência de classe
Defendemos uma reforma agrária feita pelo povo para expropriar os latifundiários e fazer da terra mecanismo de desenvolvimento social e não de opressão. Criar um cinturão verde em Alagoas que favoreça à pequena agricultura, barateie o alimento e crie uma prática saudável e ecologicamente consciente, baseado na agroecologia.
Nos centros urbanos, a luta deve ser construída nos bairros periféricos para conseguir as melhorias necessárias. O "diálogo" com o governo é na posição e sentido de reivindicação e pressão, e não de colaboração. Constituir uma aliança entre os trabalhadores do serviço público a partir de uma luta sindical enraizada na base e a população, por melhores condições de trabalho, por salários justos e serviços de qualidade. Uma luta que pode encontrar seu lugar de aliança no território, no bairro ou comunidade, lutando por educação e saúde.
Organizar também os setores urbanos em condição ainda mais precarizada de trabalho, como desempregados, terceirizados, camelôs, etc. Hoje eles formam um grande contingente de nossa população e estão excluídos de benefícios trabalhistas mínimos e em condição de instabilidade. É preciso também lutar, com autonomia e independência de classe, pelos espaços de cultura e lazer nas comunidades. Cinema, teatro, formação de meios alternativos de mídia entre outras ações.
Fazemos essa defesa de organização e luta, aberto ao diálogo com movimentos e companheiros/as, pautando a construção do Poder Popular na ordem do dia a partir das urgências mais imediatas do povo alagoano. Mas se a luta se faz onde pisamos, sabemos que ela ultrapassa as fronteiras dos estados, pois a miséria de um é a miséria de todos.
A OUTRA CAMPANHA – ALAGOAS
Resistência Popular
Para baixar o jornal da A OUTRA CAMPANHA de ALAGOAS, clique aqui.
Resistência Popular
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Um comentário:
muito bom as especificaçoes finais, além disso, os textos estao muito bem elaborados, direto e simples...abraços e lembranças a todos os companheiros e amigos que estao ai na luta.
abraço a todos
thales
criar, criar poder popular!!!
te mais compas.
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