sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ELAOPA 2011 [1º chamado]

[Português/Castellano]

Ajudar a difundir / Ayudar a difundir

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[Port]

Este é o primeiro comunicado de convite para o IX Encontro Latino-Americano de Organizações Populares Autônomas (ELAOPA), que ocorrerá em janeiro de 2011 no Brasil, em São Paulo.

No último ELAOPA se escolheu São Paulo para ser o local do IX encontro, como forma de incentivar uma maior participação de organizações do norte, nordeste e centro-oeste do Brasil e também das organizações mais ao norte da América Latina.

O ELAOPA ocorre desde 2003 e, nas edições anteriores, contou com a participação de organizações populares autônomas do Uruguai, Chile, Argentina, Brasil, Bolívia, Colômbia, Honduras, Peru, México e Espanha.

Programe-se. Logo mais daremos informações sobre o local, data e inscrições!!!!!

http://www.elaopa.org/

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[Cast]

Este es el primer comunicado de invitación para el IX ELAOPA, que tendrá lugar en enero de 2011 en Brasil, São Pablo.

En el último ELAOPA se elegió São Pablo para ser el lugar de el IX encuentro, con el fin de fomentar una mayor participación de las organizaciones del norte, nordeste y centro-oeste de Brasil y también de las organizaciones de América Latina que están más al norte.

El ELAOPA se lleva a cabo desde el año 2003 y, en las ediciones anteriores, tuvo la participación de organizaciones populares autónomas de el Uruguay, Chile, Argentina, Brasil, Bolivia, Colombia, Honduras, Perú, México y España.

Hace su programación. Pronto tendremos más informaciones sobre el local, la fecha y las inscripciones!!!!

http://www.elaopa.org/

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Consciência Negra para a Liberdade

CONSCIÊNCIA NEGRA PARA A LIBERDADE!

Chega-se a mais um 20 de novembro e muitos ainda não sabem o significado profundo dessa data para o povo alagoano e brasileiro como um todo. Afastados de nossas origens, acabamos nos tornando fracos, o que fortalece o sistema de miséria e opressão.

Há mais ou menos 400 anos, onde hoje é a cidade de União dos Palmares, na Serra da Barriga, milhares de negros e negras que aqui viviam como escravos, sob o regime do chicote nas plantações de cana, se rebelaram e fugiram do cativeiro para construir uma história de resistência e liberdade.

O Quilombo dos Palmares, como ficou conhecida a maior resistência do povo brasileiro contra a exploração, abrigava não só os negros e negras, mas também índias e índios, brancos e brancas pobres marginalizados na época em que o Brasil era colônia de Portugal.

Palmares durou aproximadamente 100 anos de existência, com a vida organizada de forma coletiva, sem escravidão nem exploração, com tudo o que era produzido dividido entre todos os quilombolas. Construíram toda essa beleza ao mesmo tempo em que lutavam contra os vários exércitos mandados pela elite para destruir o quilombo.

A Resistência Palmarina não foi a única a enfraquecer a escravatura e influenciar a abolição, existiram vários quilombos por todo o Brasil, como por exemplo, o Quilombo do Urubu (BA), cuja principal líder era uma mulher, Zeferina, ou o Quilombo Serra Geral no RS.

Hoje a escravidão é oficialmente abolida, mais infelizmente ainda persiste o trabalho escravo ou semi-escravo nas lavouras de cana Brasil afora. O racismo continua vivo e o povo continua explorado pelos políticos e empresários.

Nossa Consciência Negra vem da memória de um passado de luta contra um regime cruel, que insiste em se manter, às vezes de maneira brutal, como nos exemplos de assassinatos de moradores de rua aqui em Alagoas, ou, como ocorre na maioria das vezes, de maneira disfarçada.

Nesses 315 anos do assassinato do grande líder Zumbi (20 de novembro de 1695), comemoramos mais um dia de consciência negra, não como festa, mas como memória e luta por novos sonhos de justiça e igualdade, nos apoiando na História do Quilombo da Liberdade.


-xxx-


Abaixo o cartaz da atividade que a Resistência está organizando, que começou ontem e termina hoje. Para o dia de hoje tivemos a baixa do Coco de Roda que infelizmente não vai pode se apresentar.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

[Estudantil] Aqui só existem dois lados... DE QUE LADO VOCÊ SAMBA?



Esta nota é destinada a todos que compõem a comunidade estudantil da universidade
federal de Alagoas e tem o objetivo de provocar na majoritária do Diretório Central dos
Estudantes uma reflexão.

Sabemos que o Restaurante Universitário da UFAL é extremamente limitado. Mil e cem
vagas são ofertadas para a comunidade acadêmica de 18 mil pessoas. O número tende
a crescer a cada ano depois da aprovação da reforma universitária do governo lula.
Diante do exposto, estudantes sentiram a necessidade da formação de um comitê que
tratasse especificamente da questão do restaurante universitário em reuniões semanais.

Com a ocupação do R.U (quarta - 27/10), o intuito do movimento foi protestar contra a
atual situação e publicizar para a maioria dos estudantes o fato de que já temos
LEGALMENTE garantido o restaurante que queremos, pelos acordos de reintegração de
posse de 2005 e 2007. Ao contrário dos boatos, os estudantes deixaram tudo
organizado e higienizado para o uso do restaurante no dia seguinte. Não houve roubo
ou cárcere de trabalhadores. A verdade pode ser comprovada na gravação de uma
hora e meia ( parte já pode ser vista no youtube).

No dia seguinte, foi preparado na cozinha do R.U um café da manhã em comemoração
ao dia dos servidores públicos, logo após o restaurante foi fechado aos estudantes. A
administração puniu o movimento e teve o intuito maior de jogar estudante contra
estudante. Mas já esperávamos esse tipo de postura da reitoria, agora a postura da
direção majoritária do DCE nos surpreendeu.

Nos preocupa a forma como o movimento correnteza vem
se envolvendo com o acontecido. Até agora essa majoritária
está se omitindo e nenhum apoio foi dado ao ato mais
combativo dos últimos dois anos na UFAL: enfrentamento
direto com a política seletiva da reitoria e reivindicação na
justiça acerca de um direito JÁ garantido. Para nós, a única
explicação é o fato da direção majoritária do DCE não se
importar verdadeiramente com as necessidades dos
estudantes, pois se nega a fazer lutas para além do gabinete
da reitora, sendo um correio transmissor de suas políticas.

Pelo aqui exposto e sentido no dia-a-dia, esclarecemos os fatos para os reais
interessados, denunciando assim práticas políticas incoerentes num movimento que
precisa se unir!



Novembro, 2010.
Comitê "RU para Todos!"


RU PARA TODOS JÁ!
Pelo direito à Assistência Estudantil!


As reuniões do Comitê "RU PARA TODOS!"
acontecem todas as quintas-feiras
às
16:30h, na Pça. do RU.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Saúde do Trabalhador

SAÚDE DO TRABALHADOR

A saúde do trabalhador está comprometida na sociedade brasileira e os trabalhadores não conseguem a atenção devida para seu adoecimento desigual. De acordo com Maeno (2005), ainda hoje em pleno séc. XXI não causa espanto um trabalhador manusear um martelete pneumático para quebrar calçadas, submetidos a ruído literalmente ensurdecedor e a vibrações intensas do corpo inteiro; o trabalhador rural em condições de trabalho medieval não é prioridade da mídia, que, para seus interlocutores, valoriza a qualidade de vida, as práticas saudáveis e a longevidade. Nossos adversários são as políticas econômicas e sociais que não favorecem a valorização da vida e da saúde como bens inalienáveis. A opção por um modelo de desenvolvimento, no contexto da globalização, que seja permissível com importação de riscos não aceitos em outros países; a impunidade das empresas que exaurem os trabalhadores em prol de maior lucratividade, e políticas de governo coniventes com isso são os males que devemos combater.

Segundo Maeno (2005), mesmo com todo aparato legal definindo responsabilidades dos gestores federais, estaduais e municipais, esses ignoraram essa área por vários anos. Os planos de saúde estaduais e municipais ainda não contemplam a saúde do trabalhador. É flagrante a carência de profissionais capacitados para desenvolver ações de assistência e vigilância em Saúde do Trabalhador. A notificação de vários agravos decorrente do trabalho é necessária e importante para que se aprimore a vigilância epidemiológica em saúde do trabalhador.

A criação da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST) pela portaria 1679 de 19/09/2002 permitiu, até mesmo com previsão orçamentária, inserir a S1aúde do Trabalhador entre as ações sanitárias. Foram criados também os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), que promovem ações para melhorar as condições de trabalho e a qualidade de vida do trabalhador por meio de prevenção e vigilância. Existem dois tipos de centros, estaduais e regionais. Para que de fato esses aparatos funcionem, somente com a cobrança da população organizada. Temos muitas leis e direitos conquistados e que não foram cedidos de mão beijada, mas muitas vezes o seu cumprimento se perde na burocracia do Estado ou em projetos políticos que vão de encontro aos interesses do próprio trabalhador.

Há que se destacar que a luta pela Saúde dos Trabalhadores, no contexto de um projeto maior de construção de uma sociedade justa e igualitária e fraterna, passa pela necessária e urgente mudança de postura da sociedade, particularmente do movimento sindical, que tradicionalmente caracteriza-se pela luta estritamente corporativista e não solidária com os movimentos e segmentos sociais historicamente excluídos dos benefícios do desenvolvimento econômico do País. Por fim, devemos pressionar o Estado para que resguarde em primeiro lugar os interesses da população, podemos e devemos contribuir para que a Saúde do Trabalhador seja efetivamente incorporada como política pública.

Texto do Informativo do Comitê de Trabalhadores da Saúde da Resistência

[Sindical] Rearticulação do Movimento Sindical Brasileiro

REARTICULAÇÃO DO MOVIMENTO SINDICAL BRASILEIRO

A classe trabalhadora precisa se organizar para lutar por seus direitos. Ao longo da história, presenciamos várias tentativas de organização. Graças a essas lutas, tivemos algumas conquistas garantidas, apesar de terem ocorridos várias derrotas. Para nós, as conquistas por direitos mais imediatos só ganham sentido se vierem orientadas por um projeto de mudança social. É por termos consciência da sociedade injusta em que vivemos e por acreditarmos que as mudanças se darão a partir da luta dos oprimidos é que acreditamos na organização da classe trabalhadora.

No Brasil, a classe trabalhadora começou a se organizar de maneira mais efetiva, enquanto tal, no começo do século XX. Nessa época predominava o que chamamos de sindicalismo revolucionário. Essa prática se caracteriza por uma ativa participação da base, que se organizava de maneira federada desde os locais de trabalho. A luta do sindicato se construía pelos próprios trabalhadores e as diretorias dos sindicatos estavam subordinadas a essas decisões. Não se delegava a ninguém a capacidade de se lutar, pois isso só era possível se os trabalhadores da base abraçassem a idéia. Outras características importantes do sindicalismo revolucionário são a independência política, que garantia que os sindicatos não fossem controlados por partidos políticos, e a independência dos governos para que os trabalhadores pudessem se organizar com seu próprio esforço na luta contra os patrões e os governos que os representam. As lutas se construíam no dia a dia das greves, piquetes, campanhas salariais ou por melhores condições de trabalho, mas tudo isso era balizado pelo horizonte de transformação social.

No começo dos anos 80, no período onde a ditadura militar começava a enfraquecer, uma nova tentativa de organizar os trabalhadores surgiu. Na época, boa parte dos sindicatos estava atrelada de maneira muito forte ao governo e controlado por diretorias que faziam o jogo do patrão, que chamamos de pelegos. Nessa época, há um grande movimento que parte da base para buscar a retomada dos sindicatos para os trabalhadores. É nesse movimento que surge a CUT (Central Única dos Trabalhadores). Momento muito importante para a retomada das lutas, que novamente passavam a ser construída pela base. Infelizmente, muitos dos que impulsionaram a CUT se organizavam em partidos (principalmente o PT) que sempre se colocaram na disputa eleitoral. Nos primeiros anos, a CUT conseguiu levar à frente sua proposta e trazer para a luta vários trabalhadores, orientada por valores socialistas. Na medida em que os projetos dos partidos avançavam e seus membros começavam a ocupar os primeiros cargos nos parlamentos, prefeituras, etc., a CUT perdia sua independência e o que tinha de mais importante: a luta nos locais de trabalho. Passou assim a ser secundária de um projeto de disputa do poder do Estado. No governo Lula, a situação chegou ao limite e hoje a CUT porta-se muitas vezes como um departamento do governo e já não tem mais independência política.

Diante desse fato, vários grupos romperam com a CUT para tentar se reorganizar de forma a retomar o protagonismo dos trabalhadores. Muitos desses grupos tentam fundar uma nova central sindical, como exemplo a da central sindical saída do encontro denominado CONCLAT, ocorrido no meio desse ano. Discordamos dessa alternativa por acharmos que a construção de uma central sindical tem que ser oriunda da luta dos trabalhadores e não podemos inverter a ordem das coisas. Se ocorreram erros no passado, não podemos voltar a repeti-los e não podemos fazer o projeto de um ou alguns partidos políticos forjar uma realidade que não existe. A situação é outra e ainda temos muito a fazer, uma nova entidade nacional dos trabalhadores tem que ser conseqüência da luta que estamos dispostos a construir.

Nós da Resistência Popular acreditamos e apostamos na Intersindical como proposta de rearticulação do movimento sindical. Surgida em 2006, ela vem como alternativa de articulação nacional e pretende resgatar valores há muito perdidos. Adotamos os princípios do sindicalismo revolucionário e acreditamos que a Intersindical comunga de muitos desses princípios. Trazer a luta para os locais de trabalho é fundamental, pois a mudança tem que ser feita pela classe trabalhadora e não em nome da classe trabalhadora. Em novembro, ocorrerá o encontro nacional da Intersindical a ser realizado em Campinas/SP e estaremos construindo esse encontro para articular a luta a nível nacional ao mesmo tempo fazer um convite para que outros trabalhadores, da iniciativa pública ou privada, possam construir a Intersindical aqui em Alagoas.

Texto do Informativo do Comitê de Trabalhadores da Saúde da Resistência

domingo, 7 de novembro de 2010

[Debate] Perspectivas na luta da saúde

PERSPECTIVAS NA LUTA DA SAÚDE E A CONSTRUÇÃO DO PODER POPULAR

A luta pelo direito à saúde também é a luta pela construção de uma nova sociedade. É um campo de batalha por direitos imediatos que trabalhadores da saúde (principalmente os ligados ao SUS) e a população de maneira em geral podem se unir contra o Estado e os grandes empresários do setor. Dentro dessa perspectiva de luta, o Comitê Estudantil e o Comitê de Trabalhadores da Saúde da Resistência Popular convidam para o debate.

Quando? 09/11(terça-feira) às 17h
Onde? Sala 102-D (CSAU - UFAL)