Somente os trabalhadores organizados podem construir o caminho de sua libertação. Essa máxima nunca deixou de ser atual. Apesar de ser sempre lembrada não é regra vermos uma prática militante que esteja em sintonia com esses preceitos.
A luta sindical no Brasil e no mundo se encontra, em sua maioria, impregnada por práticas que não colaboram com as idéias de emancipação humana. Sindicatos, que deveriam ser instrumentos de luta da classe trabalhadora, muitas vezes estão a serviço de governos e patrões. A base, cada vez mais afastada das direções, delega para um número restrito de pessoas a capacidade de lutar por seus direitos. Diretorias se eternizam no comando de organizações classistas. Alguns há muito tempo não trabalham mais e não sentem na pele os problemas do dia a dia do trabalho. Tudo isso colabora para uma burocratização dos sindicatos e atrapalha a construção de uma cultura de reivindicação que coloque o conjunto da classe como protagonistas do processo.
O problema central, no entanto, não está na mudança das direções atuais. Precisamos, acima de qualquer coisa mudarmos a forma de se fazer luta sindical. Precisamos fazer com que os próprios trabalhadores se envolvam na lutas sem intermdiários. É certo que a maioria dos sindicatos se encontram está nas mãos de pessoas que não se interessam por qualquer mudança dessa lógica e que isso seria um grande entrave no processo de mudança. Mas não é a mera troca de diretoria que resolveria o problema. Nós preferimos investir numa lógica diferente e que a ocupação da direção de sindicatos seja uma conseqüência e não o objetivo principal.
Lutar por seus direitos seja para mantê-los ou para ampliá-los é a principal maneira de despertar o trabalhador para a mobilização social. Porém as lutas precisam ser orientadas para um projeto maior. Vivemos numa sociedade injusta, onde governos e patrões controlam a situação. A resolução total de nossos problemas somente será possível se tivermos um projeto de uma nova sociedade. Acreditamos no Poder Popular, que nada mais é que o poder do povo oprimido frente os seus opressores no objetivo de se acabar com todas as injustiças políticas, econômicas, culturais, etc.
Não precisamos esperar o triunfo do Poder Popular para nos mobilizarmos. Podemos lutar por diversas coisas aqui e agora. A luta dos trabalhadores orientada por um projeto de libertação, que é o Poder Popular, se faz nos locais de trabalho, moradia e estudo. Especificamente no caso sindical enfatizamos a luta no local de trabalho.
Seguir esse caminho no lugar da burocratização é difícil, mas o único que pode nos levar aos nossos objetivos. O envolvimento dos trabalhadores diretamente nas lutas é fundamental. Descentralizar o poder decisório de nossas entidades é fundamental. Cada trabalhador deveria ter acesso a um organismo para que, junto com seus colegas, possam discutir a realidade que o cerca e buscar soluções.
A diretoria de um sindicato tem um papel importante na condução de algumas etapas do processo, mas tem que estar totalmente às diversas instâncias de decisão. A pressão sobre o patrão acontece de modo mais forte pelo conjunto da categoria do que por acordos entre o opressor e as direções sindicais. Mesmo que o caminho seja mais longo e desgastante, a chance de chegarmos ao objetivo é maior.
De fato vivemos num mundo cada vez mais egoísta, onde as pessoas muitas vezes preferem ver o futebol ou a novela do que lutar contra uma injustiça que presenciou no seu emprego. Mudar a cultura individualista não será fácil. No começo podemos agregar poucas pessoas, mas é com essas pessoas que podemos começar um trabalho que poderá se ampliar e contagiar toda uma categoria. É uma alternativa que tem que ser ousada.
Acreditamos que um mundo sem injustiças e livre é possível. Acreditamos que isso deverá ser feito pelos povos oprimido do mundo. Acreditamos que todos trabalhadores são oprimidos. Acreditamos que nosso projeto é o Poder Popular. Acreditamos na luta por direitos nos locais de trabalho, então não temos outro caminho. E por termos a convicção de tudo isso é que convidamos você a se juntar nessa luta.
*Disponível na versão impressa do periódico Resistência Sindical, distribuído em sindicatos e locais de trabalho de Alagas, Janeiro de 2012.
A luta sindical no Brasil e no mundo se encontra, em sua maioria, impregnada por práticas que não colaboram com as idéias de emancipação humana. Sindicatos, que deveriam ser instrumentos de luta da classe trabalhadora, muitas vezes estão a serviço de governos e patrões. A base, cada vez mais afastada das direções, delega para um número restrito de pessoas a capacidade de lutar por seus direitos. Diretorias se eternizam no comando de organizações classistas. Alguns há muito tempo não trabalham mais e não sentem na pele os problemas do dia a dia do trabalho. Tudo isso colabora para uma burocratização dos sindicatos e atrapalha a construção de uma cultura de reivindicação que coloque o conjunto da classe como protagonistas do processo.
O problema central, no entanto, não está na mudança das direções atuais. Precisamos, acima de qualquer coisa mudarmos a forma de se fazer luta sindical. Precisamos fazer com que os próprios trabalhadores se envolvam na lutas sem intermdiários. É certo que a maioria dos sindicatos se encontram está nas mãos de pessoas que não se interessam por qualquer mudança dessa lógica e que isso seria um grande entrave no processo de mudança. Mas não é a mera troca de diretoria que resolveria o problema. Nós preferimos investir numa lógica diferente e que a ocupação da direção de sindicatos seja uma conseqüência e não o objetivo principal.
Lutar por seus direitos seja para mantê-los ou para ampliá-los é a principal maneira de despertar o trabalhador para a mobilização social. Porém as lutas precisam ser orientadas para um projeto maior. Vivemos numa sociedade injusta, onde governos e patrões controlam a situação. A resolução total de nossos problemas somente será possível se tivermos um projeto de uma nova sociedade. Acreditamos no Poder Popular, que nada mais é que o poder do povo oprimido frente os seus opressores no objetivo de se acabar com todas as injustiças políticas, econômicas, culturais, etc.
Não precisamos esperar o triunfo do Poder Popular para nos mobilizarmos. Podemos lutar por diversas coisas aqui e agora. A luta dos trabalhadores orientada por um projeto de libertação, que é o Poder Popular, se faz nos locais de trabalho, moradia e estudo. Especificamente no caso sindical enfatizamos a luta no local de trabalho.
Seguir esse caminho no lugar da burocratização é difícil, mas o único que pode nos levar aos nossos objetivos. O envolvimento dos trabalhadores diretamente nas lutas é fundamental. Descentralizar o poder decisório de nossas entidades é fundamental. Cada trabalhador deveria ter acesso a um organismo para que, junto com seus colegas, possam discutir a realidade que o cerca e buscar soluções.
A diretoria de um sindicato tem um papel importante na condução de algumas etapas do processo, mas tem que estar totalmente às diversas instâncias de decisão. A pressão sobre o patrão acontece de modo mais forte pelo conjunto da categoria do que por acordos entre o opressor e as direções sindicais. Mesmo que o caminho seja mais longo e desgastante, a chance de chegarmos ao objetivo é maior.
De fato vivemos num mundo cada vez mais egoísta, onde as pessoas muitas vezes preferem ver o futebol ou a novela do que lutar contra uma injustiça que presenciou no seu emprego. Mudar a cultura individualista não será fácil. No começo podemos agregar poucas pessoas, mas é com essas pessoas que podemos começar um trabalho que poderá se ampliar e contagiar toda uma categoria. É uma alternativa que tem que ser ousada.
Acreditamos que um mundo sem injustiças e livre é possível. Acreditamos que isso deverá ser feito pelos povos oprimido do mundo. Acreditamos que todos trabalhadores são oprimidos. Acreditamos que nosso projeto é o Poder Popular. Acreditamos na luta por direitos nos locais de trabalho, então não temos outro caminho. E por termos a convicção de tudo isso é que convidamos você a se juntar nessa luta.
*Disponível na versão impressa do periódico Resistência Sindical, distribuído em sindicatos e locais de trabalho de Alagas, Janeiro de 2012.
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