Por que a Resistência Popular – AL foi contra o Ato pela Segurança que aconteceu na UFAL no dia 23 de maio de 2013?
Porque o mesmo aconteceu de maneira atropelada. E por que isso se deu? Porque uma parcela das pessoas que estavam na
reunião que o deliberou, mostraram desinteresse em construir uma unidade. Não sabendo ouvir às argumentações dos demais
presentes.
Uma das argumentações era de fazer uma assembleia no hall da reitoria – para dar visibilidade –, elencar, coletivamente,
uma pauta de reivindicações, para, em seguida, entrar no gabinete da reitoria, para ser entregue a pauta e marcar uma reunião. E
isso, porque a intenção primeira era centrar fogo em pautas que era sabido que seriam mais fáceis de serem alcançadas.
Lembrando, que esta agitação começou, porque quatro cursos (Ciências Sociais, Filosofia, História e Letras) foram mandados
para dois blocos que estão em construção nos limites finais da UFAL, favorecendo assim, a insegurança para os estudantes,
professores e técnicos.
Portanto, seria de fundamental importância formar uma unidade de luta. A assembleia viria neste sentido, pra saber o que,
de fato, os estudantes querem, e não tirar das próprias cabeças conclusões do que eles querem. Daí, a real relevância da
assembleia para uma coesão do movimento. Conseguindo esta inicial unidade, a pauta se estenderia para algo maior. O problema
da segurança não é um problema da UFAL, muito menos, somente das Universidades Federais do Brasil; sequer é um problema
só de Maceió, ou do Estado de Alagoas. O problema da segurança abrange toda a nossa sociedade e vem de muito tempo. Logo,
não é um ato sem forças que conseguiria solucionar essa problemática. E, é de maneira crescente que, sim, acreditamos ser
possível partir para enfrentamentos mais complexos que tangem toda a sociedade.
No entanto, a proposta da assembleia foi tratorada para se fazer um tipo de ato nos moldes vanguardistas, que favorecem o
propagandeamento das organizações em detrimento do protagonismo da base estudantil como agente reivindicador de suas
próprias necessidades, onde o espaço do movimento torna-se palanque para se hastear bandeiras e fazer discursos em nome da
entidade e não da base estudantil. Isto é ativismo: lutas pontuais descoladas de um compromisso permanente com as causas do
movimento (pois é sabido que o problema da segurança não se resolveria com este tipo de ato). Por isso, nós da Resistência
Popular, entendemos a maneira como decorreu a construção e a própria realização do ato como retardadoras ao processo de
construção coesa do movimento estudantil na UFAL.
Defendemos uma proposta de atuação direta, feita pelo povo, com o povo e para o povo, coisa que não aconteceu neste ato,
pois não tínhamos o respaldo da base. O que foi feito deste, definitivamente não deve ser compreendido como ação direta.
Ao contrário do que aconteceu, acreditamos que ao menos a mínima unidade entre os quatro cursos deveria ter sido
buscada e que o debate necessitava de amadurecimento para sua execução, e assim pudéssemos conquistar os resultados
desejados. Então, acreditamos e defendemos a construção de lutas levadas a cabo, verdadeiramente, pela ação direta e que
contenham a maturidade necessária ao movimento para que este possa erguer-se de modo a dar respostas que incomodem –
diferente do resultado do ato ocorrido – os responsáveis pela situação de insegurança e precariedade a qual estamos postos; e
com isto conquistemos, pela força do povo, aquilo que desejamos.
Resistência Popular AL- Comitê estudantil