QUILOMBO É PERIFERIA! PERIFERIA RESISTE!
Há aproximadamente 400 anos, onde hoje se localiza Alagoas, milhares de negros e negras vindos da África como escravos, confrontaram o regime de extrema exploração em que viviam e fugiram de seus cativeiros para construir uma história de resistência e liberdade.
Aqueles que se refugiaram na região do interior da zona da mata alagoana construíram uma sociedade de iguais, que não só abrigavam os ex-escravos negros, mas índios e os brancos marginalizados da época em que o Brasil era uma colônia de Portugal.
Vivendo em coletividade e produzindo de forma auto-gerida viveram por mais ou menos 100 anos, apesar dos sucessivos ataques da elite da época. Tendo como grande referência o seu líder Zumbi, que não foi o único líder e nem controlava sozinho a vida de Palmares, mas foi parte daqueles que preferiram lutar pela liberdade até as últimas conseqüências.
Palmares é símbolo da resistência de um povo. Hoje a escravidão foi “oficialmente abolida”, mas a grande maioria da população ainda é explorada pela elite dominante. Alguns de forma mais brutal outros de maneiras mais disfarçadas, mas ambos fazendo parte de um mesmo povo.
Alagoas é conhecida como a terra dos pistoleiros, a terra dos taturanas, a terra dos usineiros e um dos últimos redutos dos coronéis. Essa Alagoas é bem conhecida e divulgada na grande mídia, mas a Alagoas que queremos mostrar é a Alagoas da resistência de Palmares e da luta de um povo por sua libertação.
Que a lembrança desse grandioso fato histórico inspire nosso povo a fazer como os negros e negras de Palmares. Ultrapassar a humilhação que nos envolve e abraçar a causa de um ideal libertador.
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