Em cima da hora, mas o Cine foi cancelado por problema no emprestimo do projetor.
Em breve, colocamos aqui informações para doações voluntárias com objetivo de conseguir nosso próprio material.
Qualquer coisa entrem em contato: rpopular.al@gmail.com
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
A OUTRA CAMPANHA ALAGOAS
O USO POLÍTICO DA TRAGÉDIA
Candidatos deixam o “pudor” de lado e usam imagens da tragédia para pedir votos
Poucos meses depois das enchentes que destruíram diversas cidades em Alagoas, a população acompanha pela televisão cenas da tragédia na propaganda eleitoral gratuita. Candidatos sem escrúpulos se aproveitam da miséria alheia para conseguir um mandato.
As promessas são as mesmas. Reconstruir casas, sonhos e vidas através de mais recursos públicos. Se eleito, dizem que haverá mudanças, novidades. Jogam com a esperança das vítimas no momento de maior fragilidade, como rege a cartilha do oportunismo. O que ninguém encontrará no discurso dos chamados “políticos” são explicações sobre as causas das cheias, simplesmente porque as respostas não interessam à elite alagoana.
As enchentes no estado deixaram 27 pessoas mortas, 29 desaparecidas, 27.757 desabrigadas e 44.504 desalojadas. Se os números já são assustadores, acrescente a eles os dados da cheia do Rio Mundaú de 2000 também em Alagoas: 36 mortos e 70 mil desabrigados. Lembre ainda dos estragos provocados pelas o avanço das águas do mesmo rio em 1987 e 1988. Ou então da cheia do Rio Canhotinho em São José da Laje no ano de 1969, que marcou a história do município. Tudo isso mostra que existe por aqui um problema recorrente com chuvas que nunca foi resolvido pelo poder público.
O Governo de Alagoas e as prefeituras não usaram um centavo da verba do Governo Federal destinada à prevenção e preparação para desastres. O dinheiro poderia ter sido usado para desenvolver seções municipais de Defesa Civil e, principalmente, dar melhor condições de moradia para aqueles que viviam à beira do rio.
A situação se agrava na medida em que os mesmos gestores tornaram-se os responsáveis pela aplicação dos recursos de reconstrução das cidades. Se já houve desvio de donativos para fins eleitorais e particulares, envolvendo políticos e até mesmo militares do Corpo de Bombeiros, é possível imaginar o que será feito com milhões de reais em tempos de compra de voto.
No entanto, as ações de prevenção e o combate à corrupção só amenizariam os problemas, cujas origens podem estar mesmo nas barragens e na devastação ambiental provocada pelo cultivo da cana. De acordo com o presidente da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), seção Recife, Heitor Salvador, tudo indica que o rompimento seqüencial de barragens tenha provocado a tragédia que destruiu várias cidades em Alagoas e Pernambuco. Ele afirmou que só as chuvas não seriam suficientes para provocar correntezas com a velocidade e proporção atingidas.
Segundo Heitor, barragens privadas também podem ter contribuído para o desastre. “Quando se começou a divulgar na imprensa esta possibilidade, logo foi interrompido pelo governo, mas possivelmente barragens particulares foram a causa das grandes enchentes. O problema é quando você começa a fazer a relação de quem são os donos das represas e tem muita gente grande envolvida, então os governos querem esconder a verdade”, ressalta o presidente da AGB/Recife.
O geógrafo também elenca elementos que reforçam a hipótese do rompimento. Segundo ele, a devastação ambiental provocada pelo latifúndio da cana-de-açúcar provocou a destruição da Mata Atlântica e das matas ciliares alterando o leito de rios e seus afluentes. Além disso, continua ele, a construções de barragens e diques, a poluição dos cursos da água e corte de encostas acentuam os problemas.
Nenhuma candidatura expressiva ao Poder Executivo ou Legislativo representa a solução para o povo pobre da região. Quando assumirem o mandato, governadores e deputados privilegiarão os aliados de campanha e a maioria no parlamento para sustentar interesses políticos, afinal é assim que funciona o Estado em qualquer parte do mundo.
Candidatos deixam o “pudor” de lado e usam imagens da tragédia para pedir votos
Poucos meses depois das enchentes que destruíram diversas cidades em Alagoas, a população acompanha pela televisão cenas da tragédia na propaganda eleitoral gratuita. Candidatos sem escrúpulos se aproveitam da miséria alheia para conseguir um mandato.
As promessas são as mesmas. Reconstruir casas, sonhos e vidas através de mais recursos públicos. Se eleito, dizem que haverá mudanças, novidades. Jogam com a esperança das vítimas no momento de maior fragilidade, como rege a cartilha do oportunismo. O que ninguém encontrará no discurso dos chamados “políticos” são explicações sobre as causas das cheias, simplesmente porque as respostas não interessam à elite alagoana.
As enchentes no estado deixaram 27 pessoas mortas, 29 desaparecidas, 27.757 desabrigadas e 44.504 desalojadas. Se os números já são assustadores, acrescente a eles os dados da cheia do Rio Mundaú de 2000 também em Alagoas: 36 mortos e 70 mil desabrigados. Lembre ainda dos estragos provocados pelas o avanço das águas do mesmo rio em 1987 e 1988. Ou então da cheia do Rio Canhotinho em São José da Laje no ano de 1969, que marcou a história do município. Tudo isso mostra que existe por aqui um problema recorrente com chuvas que nunca foi resolvido pelo poder público.
O Governo de Alagoas e as prefeituras não usaram um centavo da verba do Governo Federal destinada à prevenção e preparação para desastres. O dinheiro poderia ter sido usado para desenvolver seções municipais de Defesa Civil e, principalmente, dar melhor condições de moradia para aqueles que viviam à beira do rio.
A situação se agrava na medida em que os mesmos gestores tornaram-se os responsáveis pela aplicação dos recursos de reconstrução das cidades. Se já houve desvio de donativos para fins eleitorais e particulares, envolvendo políticos e até mesmo militares do Corpo de Bombeiros, é possível imaginar o que será feito com milhões de reais em tempos de compra de voto.
No entanto, as ações de prevenção e o combate à corrupção só amenizariam os problemas, cujas origens podem estar mesmo nas barragens e na devastação ambiental provocada pelo cultivo da cana. De acordo com o presidente da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), seção Recife, Heitor Salvador, tudo indica que o rompimento seqüencial de barragens tenha provocado a tragédia que destruiu várias cidades em Alagoas e Pernambuco. Ele afirmou que só as chuvas não seriam suficientes para provocar correntezas com a velocidade e proporção atingidas.
Segundo Heitor, barragens privadas também podem ter contribuído para o desastre. “Quando se começou a divulgar na imprensa esta possibilidade, logo foi interrompido pelo governo, mas possivelmente barragens particulares foram a causa das grandes enchentes. O problema é quando você começa a fazer a relação de quem são os donos das represas e tem muita gente grande envolvida, então os governos querem esconder a verdade”, ressalta o presidente da AGB/Recife.
O geógrafo também elenca elementos que reforçam a hipótese do rompimento. Segundo ele, a devastação ambiental provocada pelo latifúndio da cana-de-açúcar provocou a destruição da Mata Atlântica e das matas ciliares alterando o leito de rios e seus afluentes. Além disso, continua ele, a construções de barragens e diques, a poluição dos cursos da água e corte de encostas acentuam os problemas.
Nenhuma candidatura expressiva ao Poder Executivo ou Legislativo representa a solução para o povo pobre da região. Quando assumirem o mandato, governadores e deputados privilegiarão os aliados de campanha e a maioria no parlamento para sustentar interesses políticos, afinal é assim que funciona o Estado em qualquer parte do mundo.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
A OUTRA CAMPANHA ALAGOAS
OUTRA ALAGOAS se constrói FORA DAS URNAS e desde baixo!
Nossas urgências não cabem nas urnas
Alagoas é um estado pobre e cuja principal fonte de receita são os repasses do Governo Federal. Vivemos no estado com o pior índice de desenvolvimento social do país. Um em cada três alagoanos vive na miséria absoluta. Não é à toa que o Bolsa Família termina por representar parte considerável do dinheiro a "movimentar" a economia local, já que cerca de um terço das famílias alagoanas recebem ele.
Sem as verbas federais, a maior parte dos municípios não sobreviveria, pois não tem arrecadação própria que seja minimamente suficiente. Mas a solução não está em simplesmente brigar por mais verbas federais e a disputa de candidatos para ver quem "trouxe mais verba" não passa de conversa fiada. A gritante dependência desses repasses é sintoma da pobreza que vivemos e a sua causa está nas próprias ações e opções que a elite alagoana e seus políticos fizeram.
A economia alagoana, se já é mais diversificada que em outros tempos, ainda tem na agroindústria canavieira e o que gira em seu entorno seu principal ramo econômico e onde está o berço da elite alagoana.
Essa atividade econômica se estende em todo o litoral e zona da mata, e é responsável por uma grande concentração de renda e pela miséria de muitos que, estando sem opção, têm que se submeter ao corte da cana, em condições extremamente precárias de trabalho. Mesmo a população de centros urbanos maiores (como Maceió e Arapiraca) está envolvida nessa lógica de exploração de forma indireta. Boa parte das periferias dessas cidades é formada por pessoas que foram expulsas do campo ou descendentes daqueles que tiveram essa origem. E foram expulsas em razão das transformações ocorridas pelos grandes plantadores de cana e pelos produtores de açúcar e álcool.Os principais "nomes" da elite alagoana são usineiros ou com eles mantém forte relação. A influência deles é maior que a área de ocupação de suas usinas e terras. Mesmo no sertão, onde a cana não se faz presente, várias pessoas vêm para região da zona da mata e litoral na época do corte. Há ainda os “coronéis do sertão”, que não são usineiros, mas são donos de grandes extensões de terras e exercem seu poder de forma tão ou mais cruel.
De forma breve, esse é o nosso cenário, sem fantasia eleitoral e que coloca a tarefa de primeiro nos organizar para resistir e poder acumular forças, e aí sim, em seguida, poder passar a lutar por conquistas sociais que nos livrem desse estado de miséria. Com tanto latifúndio e precarização do trabalho, para revertermos essa situação é fundamental a luta daqueles que sofrem o peso diário dessa realidade.
Lutar pelas urgências com independência de classe
Defendemos uma reforma agrária feita pelo povo para expropriar os latifundiários e fazer da terra mecanismo de desenvolvimento social e não de opressão. Criar um cinturão verde em Alagoas que favoreça à pequena agricultura, barateie o alimento e crie uma prática saudável e ecologicamente consciente, baseado na agroecologia.
Nos centros urbanos, a luta deve ser construída nos bairros periféricos para conseguir as melhorias necessárias. O "diálogo" com o governo é na posição e sentido de reivindicação e pressão, e não de colaboração. Constituir uma aliança entre os trabalhadores do serviço público a partir de uma luta sindical enraizada na base e a população, por melhores condições de trabalho, por salários justos e serviços de qualidade. Uma luta que pode encontrar seu lugar de aliança no território, no bairro ou comunidade, lutando por educação e saúde.
Organizar também os setores urbanos em condição ainda mais precarizada de trabalho, como desempregados, terceirizados, camelôs, etc. Hoje eles formam um grande contingente de nossa população e estão excluídos de benefícios trabalhistas mínimos e em condição de instabilidade. É preciso também lutar, com autonomia e independência de classe, pelos espaços de cultura e lazer nas comunidades. Cinema, teatro, formação de meios alternativos de mídia entre outras ações.
Fazemos essa defesa de organização e luta, aberto ao diálogo com movimentos e companheiros/as, pautando a construção do Poder Popular na ordem do dia a partir das urgências mais imediatas do povo alagoano. Mas se a luta se faz onde pisamos, sabemos que ela ultrapassa as fronteiras dos estados, pois a miséria de um é a miséria de todos.
Alagoas é um estado pobre e cuja principal fonte de receita são os repasses do Governo Federal. Vivemos no estado com o pior índice de desenvolvimento social do país. Um em cada três alagoanos vive na miséria absoluta. Não é à toa que o Bolsa Família termina por representar parte considerável do dinheiro a "movimentar" a economia local, já que cerca de um terço das famílias alagoanas recebem ele.
Sem as verbas federais, a maior parte dos municípios não sobreviveria, pois não tem arrecadação própria que seja minimamente suficiente. Mas a solução não está em simplesmente brigar por mais verbas federais e a disputa de candidatos para ver quem "trouxe mais verba" não passa de conversa fiada. A gritante dependência desses repasses é sintoma da pobreza que vivemos e a sua causa está nas próprias ações e opções que a elite alagoana e seus políticos fizeram.
A economia alagoana, se já é mais diversificada que em outros tempos, ainda tem na agroindústria canavieira e o que gira em seu entorno seu principal ramo econômico e onde está o berço da elite alagoana.
Essa atividade econômica se estende em todo o litoral e zona da mata, e é responsável por uma grande concentração de renda e pela miséria de muitos que, estando sem opção, têm que se submeter ao corte da cana, em condições extremamente precárias de trabalho. Mesmo a população de centros urbanos maiores (como Maceió e Arapiraca) está envolvida nessa lógica de exploração de forma indireta. Boa parte das periferias dessas cidades é formada por pessoas que foram expulsas do campo ou descendentes daqueles que tiveram essa origem. E foram expulsas em razão das transformações ocorridas pelos grandes plantadores de cana e pelos produtores de açúcar e álcool.Os principais "nomes" da elite alagoana são usineiros ou com eles mantém forte relação. A influência deles é maior que a área de ocupação de suas usinas e terras. Mesmo no sertão, onde a cana não se faz presente, várias pessoas vêm para região da zona da mata e litoral na época do corte. Há ainda os “coronéis do sertão”, que não são usineiros, mas são donos de grandes extensões de terras e exercem seu poder de forma tão ou mais cruel.
De forma breve, esse é o nosso cenário, sem fantasia eleitoral e que coloca a tarefa de primeiro nos organizar para resistir e poder acumular forças, e aí sim, em seguida, poder passar a lutar por conquistas sociais que nos livrem desse estado de miséria. Com tanto latifúndio e precarização do trabalho, para revertermos essa situação é fundamental a luta daqueles que sofrem o peso diário dessa realidade.
Lutar pelas urgências com independência de classe
Defendemos uma reforma agrária feita pelo povo para expropriar os latifundiários e fazer da terra mecanismo de desenvolvimento social e não de opressão. Criar um cinturão verde em Alagoas que favoreça à pequena agricultura, barateie o alimento e crie uma prática saudável e ecologicamente consciente, baseado na agroecologia.
Nos centros urbanos, a luta deve ser construída nos bairros periféricos para conseguir as melhorias necessárias. O "diálogo" com o governo é na posição e sentido de reivindicação e pressão, e não de colaboração. Constituir uma aliança entre os trabalhadores do serviço público a partir de uma luta sindical enraizada na base e a população, por melhores condições de trabalho, por salários justos e serviços de qualidade. Uma luta que pode encontrar seu lugar de aliança no território, no bairro ou comunidade, lutando por educação e saúde.
Organizar também os setores urbanos em condição ainda mais precarizada de trabalho, como desempregados, terceirizados, camelôs, etc. Hoje eles formam um grande contingente de nossa população e estão excluídos de benefícios trabalhistas mínimos e em condição de instabilidade. É preciso também lutar, com autonomia e independência de classe, pelos espaços de cultura e lazer nas comunidades. Cinema, teatro, formação de meios alternativos de mídia entre outras ações.
Fazemos essa defesa de organização e luta, aberto ao diálogo com movimentos e companheiros/as, pautando a construção do Poder Popular na ordem do dia a partir das urgências mais imediatas do povo alagoano. Mas se a luta se faz onde pisamos, sabemos que ela ultrapassa as fronteiras dos estados, pois a miséria de um é a miséria de todos.
A OUTRA CAMPANHA – ALAGOAS
Resistência Popular
Para baixar o jornal da A OUTRA CAMPANHA de ALAGOAS, clique aqui.
Resistência Popular
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quarta-feira, 1 de setembro de 2010
[Saúde] Debate
Nesse sábado, 04/09 às 9h, o comitê de trabalhadores da saúde da Resistência organiza na sede o debate "Atualidade na luta dos trabalhadores da saúde em Alagoas".
Na oportunidade este comitê também será apresentado aos presentes. Também estará disponível material da A OUTRA CAMPANHA.
Na oportunidade este comitê também será apresentado aos presentes. Também estará disponível material da A OUTRA CAMPANHA.
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