sábado, 4 de dezembro de 2010

IX ELAOPA (São Paulo - Brasil)


IX ELAOPA

(Encontro Latino Americano de Organizações Populares Autônomas)

22, 23 e 24 de Janeiro de 2011, São Paulo.

Este encontro surge no ano de 2003, como um espaço alternativo ao Fórum Social Mundial (FSM), onde não participam partidos políticos, ONG's e nem representantes de governos; entidades estas, que diferem de nossa realidade e das intenções de nossas organizações. O ELAOPA pretende então, juntar, encontrar e articular a luta de organizações populares da América Latina, colocando- as como atoras à partir das suas necessidades, realidades, e anseios.

O ELAOPA pretende ser um encontro catalisador da luta popular, com real independência de classe e, com objetivo de maior integração dos movimentos sociais nos diversos lugares da América Latina.

Assim, os encontros já foram realizados no Brasil (2003), Bolívia (2004), Argentina (2005), Uruguai (2006), Chile (2007), Brasil (2008), Argentina (2009) e Uruguai (2010), participando organizações das mais diversas atividades: agrupações sindicais e sindicatos, coletivos culturais, muralistas, grupos de teatro, movimento de piqueteiros, desempregados/as, movimentos de luta pela terra, coletivos feministas, centros sociais, ateneus, organizações camponesas, ecologistas, coletivos em defesa dos direitos humanos, entidades estudantis.

Um dos principais eixos que sempre estão em nossos encontros tem sido a construção do poder popular, por uma perspectiva autônoma e de base, ou seja, desde baixo, capaz de resistir à opressão capitalista e criar alternativas de luta conjuntas, a partir da solidariedade entre os/as companheiros/as agredidos.

A coordenação e articulação dos movimentos sociais se fazem necessárias para que seja possível fortalecer a construção do poder popular à partir da participação de todas e todos, e desenvolver reflexões e análises coletivas que possam fornecer instrumentos e sugerir caminhos para a luta anticapitalista.

Desta forma, lhes convidamos a participar do Encontro.

As inscrições poderão ser realizadas até o dia 10/01/2011, estamos também solicitando uma contribuição de inscrição no valor de 25,00 (vinte e cindo reais) para os custos de alimentação e infraestrutura do lugar.

O local do encontro será no Centro de Formação Campo Cidade do MST/Regional SP na cidade de Jarinú, Grande São Paulo.

Inscrições e dúvidas pelo email: ixelaopa@riseup.net

Contamos com vocês !!!!

Arriba los que luchan!

Comissão de Organização do IX ELAOPA

http://www.elaopa.org



(Cast)


IX ELAOPA

(Encuentro Latinoamericano de Organizaciones Populares Autónomas)

22, 23 e 24 de Enero de 2011, São Paulo.

Este encuentro se inicia en el año de 2003, como un espacio alternativo al Foro Social Mundial (FSM), donde no participan los partidos politicos, ONG's y ni representantes de gobiernos; entidades que difieren de la realidad y de las intenciones de nuestras organizaciones. El ELAOPA quieres entonces juntarse, encuentrar y articular la lucha de las organizaciones populares en America Latina, poniendose como actoras con base en sus necesidades, realidades y aspiraciones.

El ELAOPA pretende ser un catalizador de la lucha popular, con real independencia de clase, con el objetivo de una mayor integración de los movimentos sociales y organizaciones autonomas en las distintas partes de Latinoamerica.

Por lo tanto, los encuentros se han celebrado en Brasil (2003), Bolivia (2004), Argentina (2005), Uruguay (2006), Chile (2007), Brasil (2008), Argentina (2009) y Uruguay (2010), particiando organizaciones de las más diversas actividades: grupos sindicales y los sindicatos, colectivos culturales, muralistas, grupos de teatro, el movimiento de los piqueteros, los desempleados/as y los movimientos de la lucha por la tierra, colectivos feministas, centros sociales, ateneos, organizaciones campesinas, ecologistas, coletivos de defensa de los derechos humanos, organizaciones de estudiantes.

Unos de los ejes principales que están siempre en nuestros encuentros ha sido la construcción del poder popular, por una perspectiva autónoma y popular, es decir, desde abajo, capaz de resistir a la opresión y crear alternativas de luchas conjuntas, a partir de la solidaridad entre las/los compañeras/os agredidos.

La coordinación y articulación de los movimientos sociales son necesarias para poder fortalecer la construcción del poder popular a partir de la participación de todas y todos, y desarrojar reflexiones y analisis coletictivas que puedan proporcionar las herramientas y sugerir formas para la lucha anticapitalista. Asi, le invitamos a asisitir el Encuentro. Las inscripciones se pueden hacer hasta el 10/01/2011, y también estamos pedindo una contribuicción de inscripción con el valor de 25,00 (veinticinco reales, moneda local) por costos de la alimentación y la infraestrutura del lugar.

El lugar del encuentro será en el Centro de Formación Campo Cidade do MST/Regional SP, en la ciudad de Jarinú, Grand São Paulo.

Inscripciones y dudas por el email: ixelaopa@riseup.net

Contamos com ustedes !!!!

Arriba los que luchan!

Comision de Organizacion de el IX ELAOPA

http://www.elaopa.org

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ELAOPA 2011 [1º chamado]

[Português/Castellano]

Ajudar a difundir / Ayudar a difundir

***

[Port]

Este é o primeiro comunicado de convite para o IX Encontro Latino-Americano de Organizações Populares Autônomas (ELAOPA), que ocorrerá em janeiro de 2011 no Brasil, em São Paulo.

No último ELAOPA se escolheu São Paulo para ser o local do IX encontro, como forma de incentivar uma maior participação de organizações do norte, nordeste e centro-oeste do Brasil e também das organizações mais ao norte da América Latina.

O ELAOPA ocorre desde 2003 e, nas edições anteriores, contou com a participação de organizações populares autônomas do Uruguai, Chile, Argentina, Brasil, Bolívia, Colômbia, Honduras, Peru, México e Espanha.

Programe-se. Logo mais daremos informações sobre o local, data e inscrições!!!!!

http://www.elaopa.org/

***

[Cast]

Este es el primer comunicado de invitación para el IX ELAOPA, que tendrá lugar en enero de 2011 en Brasil, São Pablo.

En el último ELAOPA se elegió São Pablo para ser el lugar de el IX encuentro, con el fin de fomentar una mayor participación de las organizaciones del norte, nordeste y centro-oeste de Brasil y también de las organizaciones de América Latina que están más al norte.

El ELAOPA se lleva a cabo desde el año 2003 y, en las ediciones anteriores, tuvo la participación de organizaciones populares autónomas de el Uruguay, Chile, Argentina, Brasil, Bolivia, Colombia, Honduras, Perú, México y España.

Hace su programación. Pronto tendremos más informaciones sobre el local, la fecha y las inscripciones!!!!

http://www.elaopa.org/

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Consciência Negra para a Liberdade

CONSCIÊNCIA NEGRA PARA A LIBERDADE!

Chega-se a mais um 20 de novembro e muitos ainda não sabem o significado profundo dessa data para o povo alagoano e brasileiro como um todo. Afastados de nossas origens, acabamos nos tornando fracos, o que fortalece o sistema de miséria e opressão.

Há mais ou menos 400 anos, onde hoje é a cidade de União dos Palmares, na Serra da Barriga, milhares de negros e negras que aqui viviam como escravos, sob o regime do chicote nas plantações de cana, se rebelaram e fugiram do cativeiro para construir uma história de resistência e liberdade.

O Quilombo dos Palmares, como ficou conhecida a maior resistência do povo brasileiro contra a exploração, abrigava não só os negros e negras, mas também índias e índios, brancos e brancas pobres marginalizados na época em que o Brasil era colônia de Portugal.

Palmares durou aproximadamente 100 anos de existência, com a vida organizada de forma coletiva, sem escravidão nem exploração, com tudo o que era produzido dividido entre todos os quilombolas. Construíram toda essa beleza ao mesmo tempo em que lutavam contra os vários exércitos mandados pela elite para destruir o quilombo.

A Resistência Palmarina não foi a única a enfraquecer a escravatura e influenciar a abolição, existiram vários quilombos por todo o Brasil, como por exemplo, o Quilombo do Urubu (BA), cuja principal líder era uma mulher, Zeferina, ou o Quilombo Serra Geral no RS.

Hoje a escravidão é oficialmente abolida, mais infelizmente ainda persiste o trabalho escravo ou semi-escravo nas lavouras de cana Brasil afora. O racismo continua vivo e o povo continua explorado pelos políticos e empresários.

Nossa Consciência Negra vem da memória de um passado de luta contra um regime cruel, que insiste em se manter, às vezes de maneira brutal, como nos exemplos de assassinatos de moradores de rua aqui em Alagoas, ou, como ocorre na maioria das vezes, de maneira disfarçada.

Nesses 315 anos do assassinato do grande líder Zumbi (20 de novembro de 1695), comemoramos mais um dia de consciência negra, não como festa, mas como memória e luta por novos sonhos de justiça e igualdade, nos apoiando na História do Quilombo da Liberdade.


-xxx-


Abaixo o cartaz da atividade que a Resistência está organizando, que começou ontem e termina hoje. Para o dia de hoje tivemos a baixa do Coco de Roda que infelizmente não vai pode se apresentar.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

[Estudantil] Aqui só existem dois lados... DE QUE LADO VOCÊ SAMBA?



Esta nota é destinada a todos que compõem a comunidade estudantil da universidade
federal de Alagoas e tem o objetivo de provocar na majoritária do Diretório Central dos
Estudantes uma reflexão.

Sabemos que o Restaurante Universitário da UFAL é extremamente limitado. Mil e cem
vagas são ofertadas para a comunidade acadêmica de 18 mil pessoas. O número tende
a crescer a cada ano depois da aprovação da reforma universitária do governo lula.
Diante do exposto, estudantes sentiram a necessidade da formação de um comitê que
tratasse especificamente da questão do restaurante universitário em reuniões semanais.

Com a ocupação do R.U (quarta - 27/10), o intuito do movimento foi protestar contra a
atual situação e publicizar para a maioria dos estudantes o fato de que já temos
LEGALMENTE garantido o restaurante que queremos, pelos acordos de reintegração de
posse de 2005 e 2007. Ao contrário dos boatos, os estudantes deixaram tudo
organizado e higienizado para o uso do restaurante no dia seguinte. Não houve roubo
ou cárcere de trabalhadores. A verdade pode ser comprovada na gravação de uma
hora e meia ( parte já pode ser vista no youtube).

No dia seguinte, foi preparado na cozinha do R.U um café da manhã em comemoração
ao dia dos servidores públicos, logo após o restaurante foi fechado aos estudantes. A
administração puniu o movimento e teve o intuito maior de jogar estudante contra
estudante. Mas já esperávamos esse tipo de postura da reitoria, agora a postura da
direção majoritária do DCE nos surpreendeu.

Nos preocupa a forma como o movimento correnteza vem
se envolvendo com o acontecido. Até agora essa majoritária
está se omitindo e nenhum apoio foi dado ao ato mais
combativo dos últimos dois anos na UFAL: enfrentamento
direto com a política seletiva da reitoria e reivindicação na
justiça acerca de um direito JÁ garantido. Para nós, a única
explicação é o fato da direção majoritária do DCE não se
importar verdadeiramente com as necessidades dos
estudantes, pois se nega a fazer lutas para além do gabinete
da reitora, sendo um correio transmissor de suas políticas.

Pelo aqui exposto e sentido no dia-a-dia, esclarecemos os fatos para os reais
interessados, denunciando assim práticas políticas incoerentes num movimento que
precisa se unir!



Novembro, 2010.
Comitê "RU para Todos!"


RU PARA TODOS JÁ!
Pelo direito à Assistência Estudantil!


As reuniões do Comitê "RU PARA TODOS!"
acontecem todas as quintas-feiras
às
16:30h, na Pça. do RU.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Saúde do Trabalhador

SAÚDE DO TRABALHADOR

A saúde do trabalhador está comprometida na sociedade brasileira e os trabalhadores não conseguem a atenção devida para seu adoecimento desigual. De acordo com Maeno (2005), ainda hoje em pleno séc. XXI não causa espanto um trabalhador manusear um martelete pneumático para quebrar calçadas, submetidos a ruído literalmente ensurdecedor e a vibrações intensas do corpo inteiro; o trabalhador rural em condições de trabalho medieval não é prioridade da mídia, que, para seus interlocutores, valoriza a qualidade de vida, as práticas saudáveis e a longevidade. Nossos adversários são as políticas econômicas e sociais que não favorecem a valorização da vida e da saúde como bens inalienáveis. A opção por um modelo de desenvolvimento, no contexto da globalização, que seja permissível com importação de riscos não aceitos em outros países; a impunidade das empresas que exaurem os trabalhadores em prol de maior lucratividade, e políticas de governo coniventes com isso são os males que devemos combater.

Segundo Maeno (2005), mesmo com todo aparato legal definindo responsabilidades dos gestores federais, estaduais e municipais, esses ignoraram essa área por vários anos. Os planos de saúde estaduais e municipais ainda não contemplam a saúde do trabalhador. É flagrante a carência de profissionais capacitados para desenvolver ações de assistência e vigilância em Saúde do Trabalhador. A notificação de vários agravos decorrente do trabalho é necessária e importante para que se aprimore a vigilância epidemiológica em saúde do trabalhador.

A criação da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST) pela portaria 1679 de 19/09/2002 permitiu, até mesmo com previsão orçamentária, inserir a S1aúde do Trabalhador entre as ações sanitárias. Foram criados também os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), que promovem ações para melhorar as condições de trabalho e a qualidade de vida do trabalhador por meio de prevenção e vigilância. Existem dois tipos de centros, estaduais e regionais. Para que de fato esses aparatos funcionem, somente com a cobrança da população organizada. Temos muitas leis e direitos conquistados e que não foram cedidos de mão beijada, mas muitas vezes o seu cumprimento se perde na burocracia do Estado ou em projetos políticos que vão de encontro aos interesses do próprio trabalhador.

Há que se destacar que a luta pela Saúde dos Trabalhadores, no contexto de um projeto maior de construção de uma sociedade justa e igualitária e fraterna, passa pela necessária e urgente mudança de postura da sociedade, particularmente do movimento sindical, que tradicionalmente caracteriza-se pela luta estritamente corporativista e não solidária com os movimentos e segmentos sociais historicamente excluídos dos benefícios do desenvolvimento econômico do País. Por fim, devemos pressionar o Estado para que resguarde em primeiro lugar os interesses da população, podemos e devemos contribuir para que a Saúde do Trabalhador seja efetivamente incorporada como política pública.

Texto do Informativo do Comitê de Trabalhadores da Saúde da Resistência

[Sindical] Rearticulação do Movimento Sindical Brasileiro

REARTICULAÇÃO DO MOVIMENTO SINDICAL BRASILEIRO

A classe trabalhadora precisa se organizar para lutar por seus direitos. Ao longo da história, presenciamos várias tentativas de organização. Graças a essas lutas, tivemos algumas conquistas garantidas, apesar de terem ocorridos várias derrotas. Para nós, as conquistas por direitos mais imediatos só ganham sentido se vierem orientadas por um projeto de mudança social. É por termos consciência da sociedade injusta em que vivemos e por acreditarmos que as mudanças se darão a partir da luta dos oprimidos é que acreditamos na organização da classe trabalhadora.

No Brasil, a classe trabalhadora começou a se organizar de maneira mais efetiva, enquanto tal, no começo do século XX. Nessa época predominava o que chamamos de sindicalismo revolucionário. Essa prática se caracteriza por uma ativa participação da base, que se organizava de maneira federada desde os locais de trabalho. A luta do sindicato se construía pelos próprios trabalhadores e as diretorias dos sindicatos estavam subordinadas a essas decisões. Não se delegava a ninguém a capacidade de se lutar, pois isso só era possível se os trabalhadores da base abraçassem a idéia. Outras características importantes do sindicalismo revolucionário são a independência política, que garantia que os sindicatos não fossem controlados por partidos políticos, e a independência dos governos para que os trabalhadores pudessem se organizar com seu próprio esforço na luta contra os patrões e os governos que os representam. As lutas se construíam no dia a dia das greves, piquetes, campanhas salariais ou por melhores condições de trabalho, mas tudo isso era balizado pelo horizonte de transformação social.

No começo dos anos 80, no período onde a ditadura militar começava a enfraquecer, uma nova tentativa de organizar os trabalhadores surgiu. Na época, boa parte dos sindicatos estava atrelada de maneira muito forte ao governo e controlado por diretorias que faziam o jogo do patrão, que chamamos de pelegos. Nessa época, há um grande movimento que parte da base para buscar a retomada dos sindicatos para os trabalhadores. É nesse movimento que surge a CUT (Central Única dos Trabalhadores). Momento muito importante para a retomada das lutas, que novamente passavam a ser construída pela base. Infelizmente, muitos dos que impulsionaram a CUT se organizavam em partidos (principalmente o PT) que sempre se colocaram na disputa eleitoral. Nos primeiros anos, a CUT conseguiu levar à frente sua proposta e trazer para a luta vários trabalhadores, orientada por valores socialistas. Na medida em que os projetos dos partidos avançavam e seus membros começavam a ocupar os primeiros cargos nos parlamentos, prefeituras, etc., a CUT perdia sua independência e o que tinha de mais importante: a luta nos locais de trabalho. Passou assim a ser secundária de um projeto de disputa do poder do Estado. No governo Lula, a situação chegou ao limite e hoje a CUT porta-se muitas vezes como um departamento do governo e já não tem mais independência política.

Diante desse fato, vários grupos romperam com a CUT para tentar se reorganizar de forma a retomar o protagonismo dos trabalhadores. Muitos desses grupos tentam fundar uma nova central sindical, como exemplo a da central sindical saída do encontro denominado CONCLAT, ocorrido no meio desse ano. Discordamos dessa alternativa por acharmos que a construção de uma central sindical tem que ser oriunda da luta dos trabalhadores e não podemos inverter a ordem das coisas. Se ocorreram erros no passado, não podemos voltar a repeti-los e não podemos fazer o projeto de um ou alguns partidos políticos forjar uma realidade que não existe. A situação é outra e ainda temos muito a fazer, uma nova entidade nacional dos trabalhadores tem que ser conseqüência da luta que estamos dispostos a construir.

Nós da Resistência Popular acreditamos e apostamos na Intersindical como proposta de rearticulação do movimento sindical. Surgida em 2006, ela vem como alternativa de articulação nacional e pretende resgatar valores há muito perdidos. Adotamos os princípios do sindicalismo revolucionário e acreditamos que a Intersindical comunga de muitos desses princípios. Trazer a luta para os locais de trabalho é fundamental, pois a mudança tem que ser feita pela classe trabalhadora e não em nome da classe trabalhadora. Em novembro, ocorrerá o encontro nacional da Intersindical a ser realizado em Campinas/SP e estaremos construindo esse encontro para articular a luta a nível nacional ao mesmo tempo fazer um convite para que outros trabalhadores, da iniciativa pública ou privada, possam construir a Intersindical aqui em Alagoas.

Texto do Informativo do Comitê de Trabalhadores da Saúde da Resistência

domingo, 7 de novembro de 2010

[Debate] Perspectivas na luta da saúde

PERSPECTIVAS NA LUTA DA SAÚDE E A CONSTRUÇÃO DO PODER POPULAR

A luta pelo direito à saúde também é a luta pela construção de uma nova sociedade. É um campo de batalha por direitos imediatos que trabalhadores da saúde (principalmente os ligados ao SUS) e a população de maneira em geral podem se unir contra o Estado e os grandes empresários do setor. Dentro dessa perspectiva de luta, o Comitê Estudantil e o Comitê de Trabalhadores da Saúde da Resistência Popular convidam para o debate.

Quando? 09/11(terça-feira) às 17h
Onde? Sala 102-D (CSAU - UFAL)

domingo, 31 de outubro de 2010

[CERP] Nota do Movimento "R.U para todos" sobre a Ocupação do R.U/UFAL



Os estudantes da Universidade Federal de Alagoas puderam jantar de graça no dia 27 de outubro de 2010 durante uma ocupação realizada pelo "COMITÊ RU PARA TODOS". Estudantes de 15 centros acadêmicos e 2 coletivos de oposição estudantil participaram da mobilização que tinha como pauta principal a reivindicação de um acordo não cumprido pela reitoria que garantia a construção de um restaurante universitário para todos a preço de custo.

Tal acordo foi feito há 5 anos junto ao ministério público, primeiro após uma ocupação em 2005 e depois em 2007, quando os estudantes voltaram a ocupar a reitoria pelo não cumprimento do referido acordo, dentre outras pautas. A pauta do restaurante universitário incluía o aumento para 1000 comensais (número de pessoas que tem acesso ao almoço no restaurante) e a construção IMEDIATA de um restaurante para todos. Apesar dos estudantes saírem vitoriosos,a reitoria cumpriu apenas a primeira parte do que foi acordado numa atitude de desrespeito aos estudantes!

Nesse final de outubro que entrará para a história do movimento estudantil na UFAL, os estudantes se dividiram em comissões garantindo o funcionamento do restaurante. Contudo, não foi cobrado nada pela comida que normalmente é vendida e distribuída pelo controle de fichas. Nesse dia especial os estudantes comeram de graça agitando a bandeira por um "RU PARA TODOS" que comporte a demanda de uma comunidade acadêmica com mais de 20 mil pessoas garantindo também que seu acesso condiga com as condições socioeconômicas do estado de Alagoas, 2° estado mais pobre do país. E a pauta não pára por aí, a interiorização da universidade também precisa acontecer garantindo a permanência digna dos estudantes dos campi do interior, o que não ocorre hoje. Por restaurantes universitários nos campi do interior!

Ao longo desse ano a reitoria apresentou um projeto de licitação de um restaurante universitário que comportaria o limite de apenas 2 mil vagas, ou seja, não é aberto para todos, não sendo o que foi acordado com os estudantes em 2005 e 2007. Portanto, faz-se necessário esclarecer que a reitoria não está cumprindo a parte dela no acordo e que esse projeto nem consegue tapar o sol com a peneira, passando longe de vir a solucionar o real problema referente ao RU da UFAL!

Estamos diante de uma contraditória reforma universitária, que incha as universidades não garantindo que sua estrutura suporte a demanda, ou seja, que garanta a qualidade da educação em sua totalidade (pesquisa, ensino e extensão). O que está acontecendo diante dos nossos olhos é, na verdade, um projeto de sucateamento do ensino público para justificar o privado. Hoje sabemos que vários serviços e pesquisas da universidade já são garantidos por uma nefasta relação com o setor privado cada vez mais consolidados em projetos como as PPPs e mais recentemente a lei de autonomia universitária, onde a autonomia só fica garantida no nome!

Quando nossa excelentíssima reitora é indagada sobre os acordos e cobranças dos estudantes ela dá uma declaração que só comprova tal situação dizendo que "A Ufal não funciona como as instituições privadas, onde se consegue dinheiro de toda parte, mas dependemos de verbas públicas, por isso as licitações demoram tanto". Está cada vez mais claro que debates que envolvam pautas imediatas como a ampliação do restaurante universitário não podem ser abordadas desatrelados da reforma universitária e do governo federal, já que são subjugadas a conjuntura de sucateamento do público que assola o país!

Outro ponto importante a ser destacado é a repressão a prazo que os estudantes sofreram pela mobilização pacífica que realizaram. No dia seguinte da ocupação a administração o RU não serviu almoço aos estudantes deixando um bilhete na porta dizendo que o restaurante não abriria por conta da ocupação do dia anterior. A administração disse que precisava higienizar o restaurante. Contudo, um café da manhã foi realizado em comemoração ao dia dos servidores públicos. Só após essa cerimônia p o restaurante foi fechado, sob alegação de "más condições de higiene". Isso é uma mentira! A reitoria deixou hoje os estudantes absurdamente sem alimentação, com a intenção de pôr os estudantes uns contra os outros no intuito de desqualificar a ocupação!

Foi dito que os funcionários não trabalhariam hoje por não estarem em condições física e psicológicas devido a ocupação! Precisamos destacar que não agredimos nenhum dos funcionários, que são grandes vítimas da precariedade das condições de trabalhos do restaurante– percebemos na pele o que é trabalhar num espaço precário como o RU da UFAL - e nossa reivindicação é também por melhores condições de trabalho para eles! Após a ocupação, limpamos tudo e deixamos a cozinha do restaurante em condições impecáveis de higiene, entregando o restaurante às 21:00. A ocupação foi válida e coerente e a reitoria tenta enganar a nós estudantes com mentiras!

É com muita disposição para luta que viemos por meio desse texto publicizar o que anda ocorrendo na UFAL e pedir o apoio nacionalmente das entidades estudantil, vamos mostrar que essa luta necessária é possível e não pára por aqui! Sabemos que outras universidades estão pautando problemas com os seus restaurantes universitários, isso mostra o quanto o quadro nacional de lutas estudantis pode vir a mudar, basta percebemos que a distancia que nos separa não muda os projetos nacionais que nos assolam!!!

VAMOS LÁ MOVIMENTO ESTUDANTIL COMBATIVO, VAMOS MOSTRAR QUE OS ESTUDANTES PELO BRASIL CLAMAM POR UMA ASSISTENCIA ESTUDANTIL DIGNA, QUE INCLUIA RESTAURANTES UNIVERSITÁRIOS QUE SUPRAM AS DEMANDAS DAS UNIVERSIDADES!

Não aceitemos que nos privem de mais um direito básico estudantil! Vamos abrir a boca para garantir nossos direitos para continuarmos nossa luta pela manutenção de uma universidade pública de qualidade com a boca e barriga cheia!

Movimento "RU para todos" (UFAL)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

[Cine Popular] Sessão Infantil

Nessa quinta, com o filme A fuga das Galinhas, o Cine Popular faz uma sessão para a criançada.
O horário é o de sempre, às 19h.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Cine Popular de Setembro cancelado!

Em cima da hora, mas o Cine foi cancelado por problema no emprestimo do projetor.
Em breve, colocamos aqui informações para doações voluntárias com objetivo de conseguir nosso próprio material.
Qualquer coisa entrem em contato: rpopular.al@gmail.com

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A OUTRA CAMPANHA ALAGOAS

O USO POLÍTICO DA TRAGÉDIA
Candidatos deixam o “pudor” de lado e usam imagens da tragédia para pedir votos

Poucos meses depois das enchentes que destruíram diversas cidades em Alagoas, a população acompanha pela televisão cenas da tragédia na propaganda eleitoral gratuita. Candidatos sem escrúpulos se aproveitam da miséria alheia para conseguir um mandato.

As promessas são as mesmas. Reconstruir casas, sonhos e vidas através de mais recursos públicos. Se eleito, dizem que haverá mudanças, novidades. Jogam com a esperança das vítimas no momento de maior fragilidade, como rege a cartilha do oportunismo. O que ninguém encontrará no discurso dos chamados “políticos” são explicações sobre as causas das cheias, simplesmente porque as respostas não interessam à elite alagoana.

As enchentes no estado deixaram 27 pessoas mortas, 29 desaparecidas, 27.757 desabrigadas e 44.504 desalojadas. Se os números já são assustadores, acrescente a eles os dados da cheia do Rio Mundaú de 2000 também em Alagoas: 36 mortos e 70 mil desabrigados. Lembre ainda dos estragos provocados pelas o avanço das águas do mesmo rio em 1987 e 1988. Ou então da cheia do Rio Canhotinho em São José da Laje no ano de 1969, que marcou a história do município. Tudo isso mostra que existe por aqui um problema recorrente com chuvas que nunca foi resolvido pelo poder público.

O Governo de Alagoas e as prefeituras não usaram um centavo da verba do Governo Federal destinada à prevenção e preparação para desastres. O dinheiro poderia ter sido usado para desenvolver seções municipais de Defesa Civil e, principalmente, dar melhor condições de moradia para aqueles que viviam à beira do rio.

A situação se agrava na medida em que os mesmos gestores tornaram-se os responsáveis pela aplicação dos recursos de reconstrução das cidades. Se já houve desvio de donativos para fins eleitorais e particulares, envolvendo políticos e até mesmo militares do Corpo de Bombeiros, é possível imaginar o que será feito com milhões de reais em tempos de compra de voto.

No entanto, as ações de prevenção e o combate à corrupção só amenizariam os problemas, cujas origens podem estar mesmo nas barragens e na devastação ambiental provocada pelo cultivo da cana. De acordo com o presidente da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), seção Recife, Heitor Salvador, tudo indica que o rompimento seqüencial de barragens tenha provocado a tragédia que destruiu várias cidades em Alagoas e Pernambuco. Ele afirmou que só as chuvas não seriam suficientes para provocar correntezas com a velocidade e proporção atingidas.

Segundo Heitor, barragens privadas também podem ter contribuído para o desastre. “Quando se começou a divulgar na imprensa esta possibilidade, logo foi interrompido pelo governo, mas possivelmente barragens particulares foram a causa das grandes enchentes. O problema é quando você começa a fazer a relação de quem são os donos das represas e tem muita gente grande envolvida, então os governos querem esconder a verdade”, ressalta o presidente da AGB/Recife.

O geógrafo também elenca elementos que reforçam a hipótese do rompimento. Segundo ele, a devastação ambiental provocada pelo latifúndio da cana-de-açúcar provocou a destruição da Mata Atlântica e das matas ciliares alterando o leito de rios e seus afluentes. Além disso, continua ele, a construções de barragens e diques, a poluição dos cursos da água e corte de encostas acentuam os problemas.

Nenhuma candidatura expressiva ao Poder Executivo ou Legislativo representa a solução para o povo pobre da região. Quando assumirem o mandato, governadores e deputados privilegiarão os aliados de campanha e a maioria no parlamento para sustentar interesses políticos, afinal é assim que funciona o Estado em qualquer parte do mundo.

Para baixar a cartilha nacional acesse o site outracampanhabrasil.blogspot.com

A OUTRA CAMPANHA PRA CONSTRUIR PODER POPULAR!


terça-feira, 14 de setembro de 2010

A OUTRA CAMPANHA ALAGOAS


OUTRA ALAGOAS se constrói FORA DAS URNAS e desde baixo!

Nossas urgências não cabem nas urnas

Alagoas é um estado pobre e cuja principal fonte de receita são os repasses do Governo Federal. Vivemos no estado com o pior índice de desenvolvimento social do país. Um em cada três alagoanos vive na miséria absoluta. Não é à toa que o Bolsa Família termina por representar parte considerável do dinheiro a "movimentar" a economia local, já que cerca de um terço das famílias alagoanas recebem ele.

Sem as verbas federais, a maior parte dos municípios não sobreviveria, pois não tem arrecadação própria que seja minimamente suficiente. Mas a solução não está em simplesmente brigar por mais verbas federais e a disputa de candidatos para ver quem "trouxe mais verba" não passa de conversa fiada. A gritante dependência desses repasses é sintoma da pobreza que vivemos e a sua causa está nas próprias ações e opções que a elite alagoana e seus políticos fizeram.

A economia alagoana, se já é mais diversificada que em outros tempos, ainda tem na agroindústria canavieira e o que gira em seu entorno seu principal ramo econômico e onde está o berço da elite alagoana.

Essa atividade econômica se estende em todo o litoral e zona da mata, e é responsável por uma grande concentração de renda e pela miséria de muitos que, estando sem opção, têm que se submeter ao corte da cana, em condições extremamente precárias de trabalho. Mesmo a população de centros urbanos maiores (como Maceió e Arapiraca) está envolvida nessa lógica de exploração de forma indireta. Boa parte das periferias dessas cidades é formada por pessoas que foram expulsas do campo ou descendentes daqueles que tiveram essa origem. E foram expulsas em razão das transformações ocorridas pelos grandes plantadores de cana e pelos produtores de açúcar e álcool.Os principais "nomes" da elite alagoana são usineiros ou com eles mantém forte relação. A influência deles é maior que a área de ocupação de suas usinas e terras. Mesmo no sertão, onde a cana não se faz presente, várias pessoas vêm para região da zona da mata e litoral na época do corte. Há ainda os “coronéis do sertão”, que não são usineiros, mas são donos de grandes extensões de terras e exercem seu poder de forma tão ou mais cruel.

De forma breve, esse é o nosso cenário, sem fantasia eleitoral e que coloca a tarefa de primeiro nos organizar para resistir e poder acumular forças, e aí sim, em seguida, poder passar a lutar por conquistas sociais que nos livrem desse estado de miséria. Com tanto latifúndio e precarização do trabalho, para revertermos essa situação é fundamental a luta daqueles que sofrem o peso diário dessa realidade.

Lutar pelas urgências com independência de classe

Defendemos uma reforma agrária feita pelo povo para expropriar os latifundiários e fazer da terra mecanismo de desenvolvimento social e não de opressão. Criar um cinturão verde em Alagoas que favoreça à pequena agricultura, barateie o alimento e crie uma prática saudável e ecologicamente consciente, baseado na agroecologia.

Nos centros urbanos, a luta deve ser construída nos bairros periféricos para conseguir as melhorias necessárias. O "diálogo" com o governo é na posição e sentido de reivindicação e pressão, e não de colaboração. Constituir uma aliança entre os trabalhadores do serviço público a partir de uma luta sindical enraizada na base e a população, por melhores condições de trabalho, por salários justos e serviços de qualidade. Uma luta que pode encontrar seu lugar de aliança no território, no bairro ou comunidade, lutando por educação e saúde.

Organizar também os setores urbanos em condição ainda mais precarizada de trabalho, como desempregados, terceirizados, camelôs, etc. Hoje eles formam um grande contingente de nossa população e estão excluídos de benefícios trabalhistas mínimos e em condição de instabilidade. É preciso também lutar, com autonomia e independência de classe, pelos espaços de cultura e lazer nas comunidades. Cinema, teatro, formação de meios alternativos de mídia entre outras ações.

Fazemos essa defesa de organização e luta, aberto ao diálogo com movimentos e companheiros/as, pautando a construção do Poder Popular na ordem do dia a partir das urgências mais imediatas do povo alagoano. Mas se a luta se faz onde pisamos, sabemos que ela ultrapassa as fronteiras dos estados, pois a miséria de um é a miséria de todos.

A OUTRA CAMPANHA – ALAGOAS
Resistência Popular

Para baixar o jornal da A OUTRA CAMPANHA de ALAGOAS, clique aqui.


quarta-feira, 1 de setembro de 2010

[Saúde] Debate

Nesse sábado, 04/09 às 9h, o comitê de trabalhadores da saúde da Resistência organiza na sede o debate "Atualidade na luta dos trabalhadores da saúde em Alagoas".

Na oportunidade este comitê também será apresentado aos presentes. Também estará disponível material da A OUTRA CAMPANHA.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

A OUTRA CAMPANHA 2010

Acessem o site da "A OUTRA CAMPANHA" e peguem o material da cartilha nacional.
Em breve, disponibilizaremos aqui o material de Alagoas da Outra Campanha.

A agenda em Maceió, até o momento é:

26/08 - Panfletagem no Centro
15/09 - Debate na Ufal
23/09 - Debate no Vergel




-Outra campanha, para convocar a luta e a organização popular, não para pedir votos, é o trabalho que nos mobiliza para fazer política. Porque a política não é assunto só para especialistas ou representantes. Porque a política é a articulação do povo organizado e a criação de outra estrutura de exercício do poder. Porque os direitos se conquistam na base e na rua.

-Outra campanha para lutar por um programa de emergência que atenda as necessidades do povo e enfrente os problemas sociais mais graves dos brasileiros e brasileiras. Para recuperar a dignidade do que sofre na vida o preço da promessa não cumprida, pois somente a ação direta dos de baixo contra os que oprimem é capaz de fazer JUSTIÇA.

-Outra campanha para construir um povo forte, para organizar os desorganizados, para unir os movimentos populares que lutam, para fazer política com as próprias mãos com independência do governo, do partido e do patrão, pela decisão das assembléias e da luta popular em unidade.

-Outra campanha para dar voz a quem não é deixado falar, para construir participação popular onde o poder faz exclusão, para criar capacidade política pelos lugares de trabalho, estudo, moradia, pela cultura e os meios de comunicação livres e comunitários.

-Outra campanha para construir o poder do povo, o Poder Popular, para acumular forças com democracia de base e tomar a política de volta; arrancando a legitimidade das garras dos corruptos, das oligarquias e dos grupos dominantes do poder.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

1ª Mostra de Documentários: Criar Poder Popular

Nesse domingo, 15/08 às 18h, teremos início a uma mostra de documentários de luta popular. A mostra segue nos dois domingos seguintes, sempre às 18h e na sede da Resistência.

domingo, 1 de agosto de 2010

[Cine Popular] Edição de julho comemorou 1 ano!

A edição de julho do Cine Popular, realizada no dia 29/07 representou o primeiro ano desta atividade organizada pelo comitê comunitário da Resistência. Abaixo um pequeno video com imagens desta última edição do Cine.




Para esse mês de agosto será realizado uma pequena mostra de videos e documentários latino-americanos, nos três últimos domingos do mês. Em breve maiores informações.

[Quilombola] Edição do 2º trimestre


Baixe aqui a última edição do Quilombola

Nesta edição: O projeto privatizante de Organizações Sociais, as enchentes em Alagoas e a poesia de Patativa do Assaré.

terça-feira, 27 de julho de 2010

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Luto e solidariedade

LUTO E SOLIDARIEDADE – ALAGOAS SOFRE COM CHUVAS E PODER DAS ELITES

Alagoas está de luto pela tragédia que deixou vários mortos e milhares de desabrigados. As chuvas castigaram várias cidades alagoanas e deixou um sentimento de profunda tristeza e desesperança de um povo que já carrega o fardo de uma vida difícil.

Rios como o Mundaú, que nasce em Pernambuco e corta Alagoas encontrando-se com a nossa lagoa de mesmo nome, transbordaram derrubando casas e o sacrifício de uma vida inteira. Quebrangulo, Branquinha, União dos Palmares, Murici e Rio Largo foram algumas das cidades atingidas pelas cheias. Mas a culpa não é da natureza. Catástrofes naturais existem, mas a que vimos só causou tantos danos em razão da realidade social de Alagoas. E sua causa é o completo descaso e corrupção de governantes e dos mesquinhos interesses de oligarquias.

Segundo levantamento da ONG Contas Abertas, Alagoas não recebeu absolutamente nenhuma verba federal das que são destinadas para prevenção de enchentes. Mas mesmo assim, o que normalmente se assiste é que mesmo quando as verbas federais ou estaduais "chegam" não se vê o resultado. O "olho gordo" de governantes não permitem a aplicação desse dinheiro público, que some para aparecer em suas contas bancárias.

Sabe-se também que as prefeituras alagoanas são verdadeiras máfias, meio fácil de enriquecimento. Prefeitos que ostentam casas, carros e terras em meio a uma realidade de brutal pobreza, onde falta educação, saúde e o mínimo de estrutura nas cidades e comunidades.

Mas aquilo que chega a ser aplicado para "benefício" da população não resolve, mesmo porque tratam os problemas e urgências do povo sem de fato querer resolvê-los. O que interessa é apenas criar o “fato” que possa ser aproveitado para vencer eleições.

E o problema das cheias é maior que um rio que enche por causa de chuvas fortes. A situação de pobreza das cidades e sua população é também de longa data e tem a ver com o poderio econômico e político de oligarquias que mandam e desmandam. As cheias são o resultado do desmatamento de usineiros e fazendeiros e de todas as mudanças ambientais, como no curso dos rios, feitas desordenadamente e para beneficiar o enriquecimento de poucos.

A solidariedade e a força do povo

Tragédias como essa sempre trazem manifestações espontâneas de solidariedade. Outras nem tanto, pois são por puro oportunismo. Mas vários tomam a iniciativa e se colocam a disposição com sinceridade. Muitas vezes, mesmo sem ter muito a "oferecer" quanto à doação de donativos, as pessoas "tiram de onde não tem".

Mas indo além do ato de doar um saco de feijão, um lençol ou uma fralda, coisas muito importantes e que devem ser feitas para atender uma situação de extrema urgência, levantamos a importância da solidariedade ultrapassar o sentimento de "caridade" e se transformar em força coletiva. Ou seja, que a solidariedade se transforme em uma atitude que reforça os laços coletivos do povo para lutar e conquistar direitos e para que, passada as enchentes, não fique a seca de trabalho, terra, educação, moradia, saúde e tantas outras que fazem parte do cotidiano do alagoano.

Texto: Quilombola, Nº5- Trimestre Abril/Maio/Junho

segunda-feira, 21 de junho de 2010

[CinePopular] Cruzando o Deserto Verde


Cruzando o deserto verde - um filme denúncia
A expressão "deserto verde" surgiu numa profecia lançada no final dos anos 60, norte do Espírito Santo e o sul da Bahia, provocando impactos no meio ambiente e na vida de milhares de habitantes daquela região.
Cruzando o Deserto Verde reúne depoimentos denunciativos de um processo de implantação que não respeitou nem a cultura nem o território de tribos indígenas, quilombo, pescadores e produtores rurais, desarticulando seu modo de vida e provocando a destruição de rios e da Mata Atlântica, restando apenas um deserto verde.

Fonte: CMI / Rede de Alerta ao Deserto Verde

O Cine Popular exibe o documentário nessa quinta, 24/06.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Luta contra o projeto das OS

Atualmente tem-se travado uma luta entre os movimentos sociais e o governo do Estado de Alagoas. O governo apresentou na assembléia um projeto de lei que visa instituir as Organizações Sociais (OS), que passaria instituições públicas para administração de organizações privadas, com todos os equipamentos e servidores públicos. A área da saúde é a mais visada e pretende seguir o modelos já implementados em outros Estados. Modelos que vêm recebendo crítica por não resolverem os problemas já existentes e transferirem o que foi construído como bem público para iniciativa privada.

Em Alagoas por trás das OS’s existe muito interesse de grupos privados e do Estado que os representam. O Vice Governador é ligado à Santa Casa, "instituição filantrópica", mas que, contraditoriamente, é considerada uma das empresas mais lucrativas na saúde em todo Brasil. Sem falar na investigação em curso sobre desvio de verbas do SUS destinadas a realizar exames em pessoas que tinham morrido.

Articulados pelo Fórum em Defesa do SUS: sindicatos, movimento estudantil, membros das universidades e outras pessoas ligadas à militância na saúde; têm empreendido uma luta constante, que vem construindo mobilização há mais ou menos 1 ano. Junto com outros companheiros e companheiras, fizeram mobilizações com trabalhadores da saúde no seu local de trabalho, atos, panfletagens etc. Temos ganhado força e conquistado apoio de órgão como Ministério Público e OAB.

A Resistência Popular participa ativamente dessas mobilizações e levanta essa bandeira em defesa do serviço público de qualidade. Somos cientes de que o SUS tem muito que melhorar, porém, sem dar passos para trás. Bastaria acabar com os 40% de desvio da verba para saúde de Alagoas, que muita coisa poderia ser feita.

Vamos nessa luta até o fim, na certeza de que todo esse movimento tem que ser balizado por um horizonte de transformação social. A luta por uma saúde de qualidade também é uma luta por uma sociedade justa e a luta por uma sociedade justa passa pela construção do Poder Popular.